quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Conferência «Os 40 anos da Revolução dos Cravos»


     Teve lugar no anfiteatro do Lycée International, ontem pela tarde, a conferência proferida pelo Ex.mo Senhor Embaixador Francisco Seixas da Costa sob o tema "Os 40 anos da Revolução dos Cravos".
     Um sentido agradecimento ao Senhor Embaixador pela sua palestra, assim como à presença de Monsieur le Proviseur du Lycée International, M. Bianco, de Madame la Principale Adjointe, Mme Mellet, da Senhora Coordenadora do Ensino do Português em França, Dra. Adelaide Cristóvão, e das secções espanhola e italiana, sem esquecer todos os elementos da Secção Portuguesa.

O Senhor Embaixador, Francisco Seixas da Costa, rodeado pela Senhora Coordenadora, Dra. Adelaide Cristóvão e pelo Senhor Diretor da Secção Portuguesa, Dr. José Carlos Janela.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O desvio do Santa Maria e o princípio da Guerra do Ultramar

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     No dia 22 de janeiro de 1961, o paquete "Santa Maria" é desviado pela Direcção Revolucionária Ibérica de Libertação - DRIL, um movimento de opositores ao regime salazarista liderado pelo capitão do exército, Henrique Galvão.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dia de Reis - Dia de Reyes

Os Reis Magos (Atlas Catalão, séc. XIV)
Dia de Reis no Liceu Internacional juntamente com nuestros hermanos da secção espanhola, com direito a degustação das especialidades dos dois países!
Turrón de Jijona, Mazapán e Bolo-rei


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Efemérides da História Lusófona: #6 A execução de D. Inês de Castro (07 de janeiro de 1355)

– Os amores proibidos de D. Pedro I –
    Nem todas datas que marcam a História de um país assinalam acontecimentos grandiosos. Por vezes também assinalam acontecimentos de má memória. E às vezes há datas que lembram episódios que podem nem parecer importantes, mas que acabam por criar lendas que são lembradas ao longo dos séculos. Foi isso que aconteceu com esta história...
D. Afonso IV de Portugal (autor desconhecido)
     Depois da morte do rei D. Dinis, subiu ao trono o seu filho, D. Afonso IV. Este tinha como herdeiro D. Pedro, que casou com uma nobre castelhana, D. Constança. Quando D. Constança chegou a Portugal, em 1340, trazia, como uma das suas damas de companhia, uma fidalga galega, D. Inês de Castro, por quem D. Pedro se apaixonou perdidamente. Esta relação de infidelidade levou D. Afonso IV a obrigar D. Inês a voltar para Castela. Mas, quando D. Constança morreu, em 1349, D. Inês regressou a Portugal e foi viver com D. Pedro como sua mulher (ainda que não fossem casados). Desta relação entre D. Pedro e D. Inês nasceram quatro filhos – que seriam reconhecidos como legítimos alguns anos mais tarde. Porém, este romance apaixonado entre o herdeiro do trono português e uma nobre galega não era do agrado dos nobres e do rei D. Afonso IV. Criticavam a relação adúltera (e para alguns era mesmo incestuosa, porque D. Pedro e D. Inês eram primos em segundo grau), e o facto de terem tido filhos podia ser um risco para o herdeiro legítimo de D. Pedro. Além disso, D. Inês fazia parte de uma poderosa família de Castela e D. Pedro podia correr o risco de se deixar influenciar pelos nobres castelhanos. Foi assim que D. Afonso IV ordenou, em 1355, a morte de D. Inês de Castro. D. Inês foi executada no dia 7 de janeiro desse ano.
D. Pedro I de Portugal (autor desconhecido)
     A história de Pedro e Inês tornou-se uma lenda e, como todas as lendas, já não se sabe bem o que é verdade ou mentira. O certo é que é uma história que ainda hoje continua a fazer sonhar os mais românticos...


– A Quinta das Lágrimas –
     Diz a lenda que o nome dado ao local onde D. Inês de Castro terá sido executada – a Quinta das Lágrimas, em Coimbra – se ficou a dever às lágrimas derramadas por D. Inês ao ser morta pelos seus carrascos. Das suas lágrimas terá também surgido a Fonte das Lágrimas, que lembra a sua injusta execução e que recordará, para sempre, a todos os que a visitarem, o amor trágico entre os mais famosos apaixonados da História de Portugal.
Vista da Quinta das Lágrimas, em Coimbra
– D. Pedro I –
     Depois da morte de D. Inês, D. Pedro revoltou-se contra o pai, numa guerra que duraria alguns meses. Com a morte de D. Afonso IV em 1357, D. Pedro tornou-se rei de Portugal. Quando subiu ao trono, D. Pedro perseguiu, prendeu e mandou matar os assassinos de D. Inês. Aos que criticavam a relação ilegítima respondeu revelando que tinha casado em 1353 e que os filhos de ambos eram, assim, filhos legítimos.
     Este romance entre D. Pedro e D. Inês viria a gerar uma verdadeira lenda. Um dos episódios desta história diz que D. Pedro mandou coroar, depois de morta, D. Inês como rainha, obrigando todos na corte a beijar a mão da rainha morta e a reconhecê-la como a rainha legítima.
A coroação póstuma de D. Inês de Castro, por Pierre-Charles Comte, 1849
     D. Pedro reinou durante um período de dez anos de paz, não se envolvendo em lutas com Castela. Foi um monarca que se preocupou muito com a justiça, mas muitas vezes tomava decisões por capricho, tendo mandado executar várias pessoas. O povo gostava muito dele, apesar de ser algo obstinado e um homem muito instável. D. Pedro morreu em 1367.

– No Mosteiro de Alcobaça –
     A Abadia de Santa Maria de Alcobaça é um dos mais antigos e maiores edifícios religiosos de Portugal. Fundada no século XII pelos monges da Ordem de Cister, as obras da sua construção começaram em 1178 e terão durado pelo menos até 1252 (altura em que terminaram os edifícios principais).
Túmulo de D. Pedro I (pormenor), Mosteiro de Alcobaça
     Foi neste mosteiro que D. Pedro mandou construir, em 1360, túmulos para si e para D. Inês. Estes túmulos são verdadeiras obras-primas da escultura medieval portuguesa. Ricamente decorados, cada túmulo apresenta o corpo esculpido de um dos amantes, mostrando muitos pormenores das figuras do rei e de D. Inês. Apoiadas por anjos, as cabeças de ambos estão um pouco levantadas. Reza a lenda que os dois apaixonados estão nesta posição para, quando chegar o dia do Juízo Final e ambos voltarem à vida, se poderem logo ver um ao outro.
Túmulo de D. Inês de Castro, Mosteiro de Alcobaça

Fonte: Ruben Castro e Ricardo Ferrand, Grandes datas de Portugal (1096-2007), Texto Editores, Lisboa, 2011.

Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)


   Futebolista português, nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo) a 25 de Janeiro de 1942. Representou os clubes do Sporting de Lourenço Marques (1959/1960), Sport Lisboa e Benfica (1960/1976), Sport Clube Beira-Mar (1976/1977) e União de Tomar (1977/1978), para além de vários clubes norte-americanos.
    Foi 64 vezes internacional. Representou pela primeira vez a seleção nacional a 8 Outubro de 1961, alinhou pelo «resto do mundo» contra a Inglaterra a 23 de Outubro de 1963, fez parte da seleção europeia em 1964 e da seleção mundial em 1966. Foi considerado o melhor jogador da Europa em 1965, o melhor marcador do Mundial de 1966 e ainda o melhor futebolista do Mundial desse ano, segundo o jornal inglês News of the World. Dotado de velocidade e potência incomparáveis, é considerado um dos maiores jogadores na História do futebol.
     Falece no domingo, 5 de janeiro de 2014, aos 71 anos.
     Um eterno campeão, descanse em paz...